segunda-feira, 1 de abril de 2013

Entrevista com Simone Guimarães - Segunda Parte


Simone Guimarães
É sempre uma grande satisfação conversar ou trocar algumas palavras com a espetacular Simone Guimarães: além de grande cantora e compositora, com discos bem caprichados, duetos com ícones da MPB, como Maria Bethânia e Milton Nascimento, Simone é, também, uma intelectual que pensa e muito nos segmentos do Brasil e na luta a favor da nossa cultura. Nascida em Santa Rosa de Viterbo, interior de São Paulo, hoje a cantora faz parte da efervescência que Brasília produz, estando ao lado de cantoras como Márcia Tauil, Sandra Duailibe, Roberto Menescal, Miúcha e outros, levando muita música de qualidade para os quatro cantos do país. Nesta primeira parte da entrevista, Simone Guimarães nos brinda com sua inteligência e sapiência em ver as coisas mais simples se transformarem em algo valioso. O Mais Cultura! (ou o Espaço Azul, como ela mesma apadrinhou o blog), tem o enorme prazer estar sendo condecorado com suas ricas frases de efeito moral. Hoje publico a segunda parte da entrevista que Simone Guimarães me concedeu com exclusividade.
 
 
MT - Existe a possibilidade de vermos um show seu em São Paulo para este ano de 2013?
SG - Sim. Vários convites já apontados. Minha nova produção caminha no sentido de divulgar o novo trabalho que lançarei ainda este ano em todas as capitais, num elogio rasgado a Bossa nova e aos anos 60. Será trabalhoso, mas valerá a pena. O disco está sendo confeccionado com direção musical de Ocelo Mendonça, grande artista cearense aqui de Brasília.
 
MT - Você participou do CD Pietá, de Milton Nascimento, considerado por muitos uma obra-prima do cantor. Milton é o seu padrinho musical. Já pensou em fazer um CD somente com músicas dele?
SG - Claro que sim, chegará o momento! Esse está na lista dos trabalhos mais eminentes por conta do aniversário do Bituca e do movimento Clube da esquina.
MT - Você dedicou um disco inteiramente ao cancioneiro do compositor Isaac Cândido, no disco Cândidos, pelo selo Independente. De onde nasceu a ideia de fazer esse disco, resgatando e o homenageando?
SG - Eu tenho uma admiração imensa pelo Ceará contemporâneo. Existe muitos artistas e poetas que criam coisas maravilhosas. Isaac é um aglutinador. Se você observar, esse disco traz muitos letristas diferentes e são poetas sublimes de lá. Além de ser o Isaac um ser humano admirável, já venho cantando sua obra há algum tempo. Me chama atenção pelo sentimento desprovido de vaidade na arte.
MT - É sempre difícil uma cantora dizer qual a sua melhor criação, mas pra você, no seu mais intimo pessoal, qual é o seu melhor CD?
SG - Flor de Pão é um disco para mim muito representativo como letrista . Tem nele uma música em parceria com Antonio Carlos Bigonha que eu acho que é minha melhor letra: Confissão gravada por Nana Caymmi em seu disco recente Sem poupar coração e Aguapé como cantora, mas o que eu mais gosto é o que estou fazendo agora. rssss!
MT - Simone Guimarães por Simone Guimarães é?
SG - Meu Bisavô paterno nasceu em Veneza, já o materno em Reminni, os dois na Itália. Tenho um avo português e uma avó afro-decendente da pela morena, sou carioca, paulista e cearense, moro em Brasília e sou brasileira da Gema e as claras, devota de Nossa Senhora de Nazaret. Adoro Belém do Pará e mais recentemente estou apaixonada pelo Sudoeste do plano Piloto de Lúcio Costa e Oscar Niemeyer.
MT – Obrigado, Simone, por conceder esta entrevista.
SG - Eu é que agradeço, Marcelo. Muito obrigada.
 
Entrevista com Simone Guimarães
Por Marcelo Teixeira

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