quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O crítico de música e o crítico clichê: as nuances musicais


Existe crítico verdadeiro?
Sibelius (1865 – 1957) um dia disse: não devemos dar demasiada atenção ao que os críticos dizem. Nunca foi erguida uma estátua em honra de um crítico. Discordando da frase do compositor filândes de música erudita, mas acreditando sumariamente que não é preciso de estátua para criticar algo ensaísticamente, acredito na liberdade de imprensa para poder escrever aquilo que bem quiser em um blog totalmente independente, estando liberto das agruras dominadoras de patrões e chefes alienados com o pudor de escrever corretamente sobre determinado cantor ou cantora, sobre seus discos e sobre suas atemporalidades.  Talvez Sibelius soubesse que sua música erudita não atraía multidões e acreditando em sua impopularidade mundo afora, tenha creditado que os críticos de música o criticavam veementemente. Criticavam sua música e não sua pessoa – arrogante, feroz, atroz, mas intelectual, culto e refinado.  Acredito na significativa despudorada de poder resenhar tal artista com as minhas próprias palavras, marca característica e herdada de uma forma natural e que angaria um semblante favorável à minha pessoa. E acredito, piamente, que o mundo precisa de críticos de música com mais verdade, com mais ideal, com mais frescor, com mais tinta, com mais austeridade, com mais postura, com mais crítica. Gustave Flaubert (1821 – 1880), esritor francês de personalidade psicológica marcante, disse faz-se crítica quando não se pode fazer arte. Concordo plenamente com a frase de Flaubert, mas o que seria de nós, críticos de arte, se também fossemos artistas de artes como a música ou a dramaturgia? Quem poderia nos criticar? O público é leigo no assunto criticidade e quando o fazem, não conseguem discernir o que é capaz de ser criticado daquilo que pode ser uma solução para a crítica. Acima de qualquer coisa, sou um crítico que critica o que precisa ser criticado. Sou um ensaísta, um cronista, um escritor que escreve sobre aquilo que realmente precisa ser escrito. Não procuro aquilo que deve necessariamente estar postado e prostrado no meu mural: eu escrevo conforme meu tempo, sem a necessidade sumária de preencher a alegria de patrões, de gravadoras, de artistas. Não sou pago para escrever aquilo que não acho legal e não sou pago para elogiar um artista só porque está na mídia. Artistas precisam ser criticados, assim como seus discos precisam de notas avaliativas para estarem no crivo de uma sensata resenha. Escrevo sobre música porque gosto, porque aprecio e porque sinto a necessidade ulterior de divulgar a nossa música popular brasileira ao outro. Não preciso escrever sobre o cantor da modinha, não preciso exaltar a cantora que lançou um disco mediano apenas para dizer que sou antenado com a música. A música está jorrada aos quatro ventos e a cada dia nasce uma cantora nova, um cantor novo. Mas não preciso, categoricamente afirmo, me humilhar para escrever aquilo que acho desnecessário. Existe um milhão de artistas que não merecem sequer uma crítica negativa, assim como existe uma infinidade de artistas que vivem enclausurados para um seleto grupo de seguidores e é sobre esses artistas que gosto de resenhar: seja o artista de beco, seja o artista consagrado, seja o artista popular, seja o artista impopular, seja o artista ruim, seja o artista bom, seja o artista da grande mídia ou seja o artista de pequena mídia, eu escrevo para que o meu leitor tenha ciência de que existe uma seleção de achados e perdidos espalhados por aí que precisam ser (re) conhecidos para um devaneio de musicalidade. O verdadeiro crítico de música não busca apenas palavras confortantes para agradar ao artista, mas busca na sua interpretação, no seu projeto, no seu propósito aquilo que está escondido por trás de cada música. Não julgo o disco pela capa, não julgo o artista pela voz, não julgo o artista pela roupa, não julgo o artista por outrora: julgo o conjunto da obra, incluindo aqui a capa, o artista, a voz, a roupa, o que ele representou no passado. O bom crítico de música sabe reconhecer que o disco X foi merecedor de nota alta enquanto o disco Z é merecedor de uma nota mais baixa: saber reconhecer isso é o mínimo de todo e bom crítico de música. Não podemos nos vender por tão pouco, como vejo outros críticos se rendendo ao brasão da empresa em que trabalham. Sejamos mais humanos. Sejamos mais realistas. Sejamos mais críticos de música verdadeiramente honrados em criticar com gosto, com vontade, com verdade. A música agradece. A escrita agradece. O leitor agradece.  Fechando com a bela frase do mágico californiano Channing Pollock (1926 – 2006) um crítico é um homem sem pernas que ensina a correr. Que venha 2017!

 

O crítico de música e o crítico cliclê: as nuances musicais.
Por Marcelo Teixeira

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Chico Buarque de Hollanda Volume 1 - 50 anos depois


Chico e o primeiro LP: 1966 - 2016
Bastaram as canções que já havia composto durante a primeira metade dos anos de 1960 para que Chico Buarque recheasse Chico Buarque de Hollanda (1966 / RGE / 26,99), seu primeiro disco, lançado em dezembro de 1966. Fora isso, ainda sobraram duas músicas para o álbum seguinte. Essas composições iniciais vêm carregadas de um lirismo nostálgico e de uma riqueza poética que, logo de cara, caíram nas graças do público e de boa parte da crítica. A faixa A Banda, que pouco antes vencera o II Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, tornou-se um hit instântaneo, uma mania nacional cantada em cada canto do Brasil por gente de todas as idades. O disco de fato é fundamental em qualquer antologia da moderna MPB e suas músicas, dotadas de recursos poéticos inovadores para a época e de extrema originalidade melódica, colocam o samba urbano num novo e elevadíssimo patamar de qualidade. Chico Buarque tinha apenas 20 anos e uma timidez ainda não muito bem equacionada, um rosto juvenil, iluminado por olhos de um verde transparente. Ainda não tivera a chance de conhecer a mulher de sua vida (este artigo será postado em 2017), mas ele sabia de sua importância dentro dos festivais que assolavam o país de canto a canto. A Banda, interpretada por ele e Nara Leão, conquistou o primeiro lugar em Outubro de 1966, dividindo o lugar com Disparada, de autoria de Theo de Barros e Geraldo Vandré, magnificamente defendida e interpretada por Jair Rodrigues, que logo mais seria parceiro e amigo de Elis Regina no programa O Fino da Bossa. A Banda rendeu a Chico Buarque o status de cantor do ano, o intelectual do momento e vários artistas voltaram suas atenções para aquele rapazinho timido. Carlos Drummond de Andrade, o poeta mais respeitado de todos os tempos, soltou a pérola frase que venha outra banda. Nada mal para um novato nos palcos. A Banda rendeu ainda a Chico seu primeiro programa na TV brasileira, chamado Pra Ver a Banda Passar, em dupla com Nara Leão. A timidez de ambos era tanta que Manoel Carlos lhes sapecou o título de os maiores desanimadores de auditório da televisão brasileira.  O disco lançado em 1966 vendeu pouco mais de 100 mil cópias, um feito e tanto para a época e a causa desse sucesso estrondoso de fato fora a intepretação de dois cantores que tinham a sintonia em primeiro plano. A Banda é um divisor de águas na vida e na carreira de Chico Buarque e dali em diante nenhum dos dois, Chico e Nara, jamais seriam os mesmos. O mesmo se aplica para a MPB e, de certa forma, para o próprio Brasil.

Chico Buarque de Hollanda 1, como ficaria conhecido o disco, foi produzido apenas com o estoque de boas canções que Chico já havia composto. Praticamente todas as suas faixas têm em comum um lirismo nostálgico e comovente. Muito mais que isso, o disco eleva a tradição do samba urbano a um novo patamar poético. As letras, além de originais, têm uma arquitetura musical primorosa. O compositor, de certo modo, resgata a tradição dos melhores letristas cariocas, como Noel Rosa e Wilson Btista e tempera-a com ingredientes da Bossa Nova. Chico venerava esse movimento e seus expoentes – em especial João Gilberto, com que sua irmã, Miúcha, se casou um ano antes. Mas logo se esquivou da bossa nova e desenvolveu o seu próprio estilo. O samba, aqui neste disco, não só é um ritmo: é um tema recorrente que pode ser avordado por uma ótica melancólica, como em Sonho de Um Carnaval, que o cantor e compositor paraibano Geraldo Vandré interpretou para Chico no I Festival da Record. O efusivo Meu Refrão e o socialmente engajado Tem Mais Samba são obras-primas relicárias e Chico considera esta última, composta em 1964, o marco-zero de sua carreira. A tocante Olé Olá, outra joia do disco, é um samba-canção carregado de saudosismo e desconforto, dotado de uma harmonia sofisticadíssima. Fora nesse tempo que Caetano Veloso conhecera Chico Buarque em 1965, enquanto o carioca cantava trechos de Olé Olá (cantado mais tarde por Maria Bethânia) no teatro e disse à época que tinha conhecido um cara que era a coisa mais linda.

Em Chico Buarque de Hollanda 1 a leveza e a alegria ficam por conta de três composições, curiosamente todas batizadas com nomes próprios: Juca, A Rita e Madalena Foi pro Mar. A primeira, quase um samba de breque, foi composta após a polícia ter sido chamada ao bar em que Chico e seus amigos se entregavam à cantoria sem muita atenção aos decibéis. Essas noitadas musicais em São Paulo foram sistematicamente batizadas de sambafos. A Rita é um bem humurado samba-canção que exalta a capacidade das mulheres de devastar corações masculinos. Madalena Foi pro Mar é outro lamento quase debochado de um homem deixado na mão por sua amada. De todas essas, A Rita ganhou diversas regravações, sendo a mais importante defendida por Gal Costa.

Nenhuma dessas canções, no entanto, sequer se aproxima do alvoroço e sucesso desencandeados por A Banda: com sua irresistível doçra, ela cativou o público, conquistou a crítica e transformou em fãs de Chico mesmo os espíritos mais avessos a sua figura.  Um desses espíritos era o genioso escritor, dramaturgo e cronista esportivo carioca Nelson Rodrigues, cujos comentários e tiradas mordazes eram temidos tanto por craques dos gramados quanto dos palcos. Mas Nelson gostou tanto de Chico e, em especial da música, que disse em artigo que A Banda era uma marchinha genial.

E lá se completa 50 anos do lançamento do antológico disco Chico Buarque de Hollanda 1, disco que praticamente nasceu pronto, sem redomas e com certa timidez, carregado na sobriedade de um Chico Buarque novinho em folha e acompanhado de uma grande cantora que o inspirara a vencer o primeiro grande desafio: Nara Leão.

 

Chico Buarque de Hollanda Volume 1 – 50 anos depois
Por Marcelo Teixeira

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

O ostracismo anunciado de Sandy


Sandy e o ostracismo musical
E lá se vai 2016 e nada de Sandy produzir um disco a sua altura. Talvez seja uma tarefa difícil, talvez seja uma tarefa de se repensar em sua trajetória de vida artística e colocar em plano um disco verdadeiramente autoral e brasileiro, sem esses lances de ser piegamente americanizada. Sandy é uma cantora de excelente qualidade, mas se perdeu em nuances nada estratégicos ao se desfazer da dupla com seu irmão. Óbvio  que nada dura para sempre e seria extremamente estranho ver Sandy e Junior cantando músicas romantizadas com teor adolescente e clichê adulto para uma plateia que os viram crescer.  Em 2011 anunciei aqui no Mais Cultura Brasileira que Sandy enfrentaria um ostracismo gigantesco em tempo recorde e fui abatido com espinafradas generalizadas por todos os cantos do país, de fãs exaltados pela minha escrita e até de amigos enfurecidos com o teor da minha resenha. Entre 2011 e 2016 a cantora não produziu nada de significação extremamente extraordinária para o campo musical e nem angariou fãs pela estrada afora. Pelo contrário: neutralizou esses fãs e gravou um disco aqui e outro acolá, mas com a mesma superficialidade de sempre. Contraiu o distanciamento de pessoas que seguiam seu trabalho e marcou definitivamente seu nome no mundo dos cantores em decadência excessiva. Sandy, reitero, é uma boa cantora, tem talento e tem voz, mas ultimamente lhe falta o essencial: carisma. Com o nascimento de seu filho, a cantora passou a ter uma atitude incoerente com relação ao mundo que a cerca e passou a se sentir perseguida por algo que parece que estava a incomodando. Ainda que seja fácil o seu retorno triunfal ao mundo do showbizz, a cantora precisará utilizar um recurso muito válido para artistas que enfrentam esse frama – o ostracismo do ostracismo. Sandy não chegou a inda no que chamo de o segundo ostracismo, que é aquele que ninguém mais comenta ou lembra do artista, mas poderá facilmente chegar nele se continuar com uma postura impiedosa para os dias de hoje. Sandy não conseguiu encontrar a realidade fora de seu globo blindado e insiste em ser a meninina nobre e boa de família, que segue a risco os tradicionais calendários anuais e que foge de todo e qulquer resquício de bombardeio. É preciso uma mudança radical em seu mundo para que a cantora seja novamente a queridinha de dez entre dez fãs. O mundo da música mudou, a história mudou, as cantoras mudaram, mas Sandy continua com o ar de se mostrar verdadeiramente prolixa para o seu público e para aqueles que estão iniciando em sua jornada. Enquanto Sandy prefere enfrentar o ostracismo decalarado, sua inimiga musical sopra de vento em pompa em seu universo. Refiro-me a cópia quase perfeita de Sandy, a cantora adolescente Manu Gavassi.

O ostracismo anunciado de Sandy
Por Marcelo Teixeira

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Nara Leão - a musa da bossa nova?

Nara: musa da bossa nova?
Nove entre dez pessoas acreditam que a bossa nova começou no apartamento de Nara Leão, no Posto 4 de Copacabana, em alguma época dos anos de 1950. A ideia e a de que, naquele mítico endereço, todas as noites se reuniam rapazes e moças que, armados com seus violões, brincavam de cantar e tocar baixinho para não incomodar os vizinhos. Isso, óbvio, ia até altas horas e foi a partir desses encontros que surgiu o estilo suave e sofisticado que iria revolucionar a música popular brasileira que perpetua até hoje.  Esses rapazes e moças seriam, além da própria Nara, os violonistas Carlos Lyra, Roberto Menescal e Chico Feitosa, o violonista e pianista Oscar Castro Neves e os irmãos Mario, Leo e Iko, também músicos, o letrista e repórter Ronaldo Bôscoli, o pianistas Luiz Eça e Luiz Carlos Vinhas, o flautista Bebeto Catilho, entre outros. Porém, Nara nunca admitiu que o estilo bossanovista tivesse nascido em seu apartamento. Por um lado ela tinha razão, em partes, sobre o assunto, mas o fato é que se não fosse o encontro desses cantores em seu apartamento, nada teria acontecido. Podemos dizer que Nara Leão fora a responsável por esses encontros e por ser, digamos, a mãe nata da Bossa Nova. Em 1957, Roberto Menescal, outro grande responsável pelo feito, levou ninguém menos que João Gilberto, que acabara de conhecer, ao apartamento de Nara. João ficou encantado com aquelas reuniões, mas seu estilo era ainda mais contido e reservado no cantar, o que deixou os outros músicos ainda mais encantados não apenas por ele como pela música. Tudo era moderno, atrevido, inesperado e uma batida levemente ágil, sincopada e nova começava a nascer, diferentemente de tudo o que se ouvira até então. E Nara, a única mulher, era o centro das atenções. Nara era a grande inspiração, a musa da bossa nova e a responsável pela gravação de inúmeros sucessos desses cantores. Como muher, a cantora era também uma sedução, pois era morena, tinha lábios cheios e carnudos, dentes grandes, corpo bonito e era muito tímida. É impossível pensar em bossa nova e não falarmos em Nara Leão, cantora que conseguiu exprimir o verdadeiro sentimento deste estilo que ultrapassou barreiras, fronteiras, ganhou o mundo e é por esse motivo que devemos muito respeito a imagem e à obra desta grande cantora da música popular brasileira e de sua suma importância em nosso cenário cultural.

Nara Leão
Por Marcelo Teixeira

sábado, 3 de dezembro de 2016

Os encontros e as despedidas de Milton Nascimento


A mudança de Milton em 1985
Os anos de 1984 e 1985 foram especialmente intensos para Milton Nascimento. Além de entrar de corpo e alma na campanha pelas eleições diretas para presidente, chegando a compor duas músicas – Coração de Estudante e Menestrel das Alagoas – que seriam cantadas em todos os comícios em praça pública, transformando-se em verdadeiros hinos de liberdade, Milton curou a decepção pela derrota da emenda das diretas no Congresso Nacional com o apoio à candidatura de Tancredo Neves à presidência. Abalado com a morte de Tancredo e vendo o país chorar a morte de seu filho querido, Milton resolvera mudar os ares de sua vida por completo: além de se mudar de Belo Horizonte para Rio de Janeiro, ele já se sentia mais confortável como pessoa e artista, pois era mais valorizado  e respeitado por dentre entre dez artistas mundiais. Por esse mesmo motivo, o cantor e compositor carioca sentiu-se à vontade para fazer o que bem quisesse no ano de 1985 e, para seu bel-prazer, inpirou-se em seus sentimentalismos para desfilar um fiandeiro de músicas emotivas e sensatas para o belo disco Encontros e Despedidas (1985 / Phillips) 19,00), que tem uma ancestralidade e uma africanidade incrível. No início de carreira, Milton assinou a melodia, mas também as letras de várias canções – Canção do Sol e Morro Velho talvez sejam os melhores exemplos de seu talento como letrista. À medida que foi encontrando os parceiros certos, porém, o cantor passou a se concentrar na elaboração das frases musicais, abrindo espaço para que seus amigos Márcio Borges, Fernando Brant e Ronaldo Bastos participassem ativamente de sua obra. Escolhia o parceiro para cada música, determinava o tema, dava palpites e logo voltava-se à criação de novas composições. Era a efervescência de Milton Nascimento dando nova roupagem à sua carreira a partir de 1985. No disco Encontros e Despedidas, o cantor quebrou a regra de todo um protocolo artistíco: as 12 músicas deste álbum foram feitas por Milton com a participação de sete parceiros diferentes e em sete faixas Milton aparece não como autor das melodias, mas o autor das letras. Não chega a ser um disco fácil de ser ouvido, porque Milton utiliza de um artíficio que nos impede de contermos a emoção em faixas como a homenagem à Mandela (Lágrimas do Sul), a africanidade em Raça, a participação forte e vibrante de Clara Sandroni em A Primeira Estrela e na própria canção-título do disco. Nascia aqui um novo Bituca, mais autêntico e mais forte do que nunca.

 

Encontros e Despedidas (1985) / Milton Nascimento
Nota 10
Por Marcelo Teixeira