quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Quanta, de Gilberto Gil (1997): a obra-prima de um grande artista


Obra-prima de um mestre
Em 2006, Gilberto Gil nos presenteou com uma obra-prima digna de status de um verdadeiro soberano da MPB: o disco Quanta, com participação especial de Milton Nascimento e dedicação à Cássia Eller e Chico Sciencie. Para quem achava que os grandes ícones do país estivessem perdidos em seus tempos ou meramente apodrecendo em suas ideias, Gilberto Gil veio mostrar que sua intelectualidade refinada e suas belas palavras de efeito moral, forçaram tino qualificativo para um resultado espetacular, ganhando um Grammy e reverenciado no mundo todo. Polêmico ao seu jeito, Quanta veio venerar a ciência, o samba, os orixás e criticar severamente a imagem da igreja universal, cujo um bispo qualquer chutou a imagem de Nossa Senhora Aparecida em rede nacional.

Do forró ao axé verdadeiramente baiano, Quanta também homenageia Tom Jobim e Noel Rosa. Cantando as alegrias e tristezas de Cartola, o disco é um punhado de sensações adversas e que nos deixa a vontade a todo o momento. Com letras que nos fazem pensar, Quanta é um dos melhores discos da carreira brilhante do tropicalista Gilberto Gil num todo, pois parte da premissa de que o álbum nasceu simples e tomou dimensões diversas.

Gilberto Gil conseguiu exprimir ao máximo a sua acidez musical e destoou venenos para todos os lados. Não há um destaque só, mas sim, todas as músicas ganham uma atenção especial. A voz de Gil agrada, não cansa em momento algum e a expectativa da próxima canção é vital. Hoje o Mais Cultura! trás um dos melhores e mais aplaudidos disco de um dos cantores e compositores a qual temos que nos curvar e dizer amém.

 

Quanta / Gilberto Gil

Nota 10

Marcelo Teixeira

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