Luan Santana: fútil, medíoce e infantil.

Alguém poderia me dizer da onde carga d’agua saiu uma pessoa com o codinome Luan Santana? Se Deus estava feliz nesse dia, ele pediu gentilmente que nós, amantes da boa música, ficássemos tristes com tamanha desgraça que implodiu na seara musical. Sim, Luan Santana veio como um meteoro, desses que passam rápido e de tão rápido, esse meteoro conseguiu destruir milhares de pessoas com cabeças pequenas e intransigentes. Luan Santana, com seu meteoro da ilusão, da desgraça humana e de toda a carga negativa que há nesse mundo, conseguiu irromper corações de ninfetas emblemáticas e performáticas e ainda por cima arder no inferno da paixão de mulheres maduras que berram, gritam, eternizam tatuagens berrantes e insignificantes em seus corpos com o nome do cantor neo-sertanejo popular contemporaneo.

Sua voz é fanhosa, aquele coraçãozinho que manda para as fãs é brega e suas roupinhas coladas não agradam. Luan é o estereotipo de cantor que não está na moda. É vesgo. É fanho. Mas é bonito. Não canta. E mais pula no palco do que macaco prego no zoológico. Por favor, preciso de uma rolha, a mesma que pedi para taparem a boca da insonsa Paula Fernandes. E assim como mandei a Paulinha para o Xingu, exijo que Luan Santana voe numa escala sem volta e sem roteiro certo para o Panamá. Mas antes, quero que ele leia o livro O Alfaiate no Panamá, de Jhon Le Carré e, quem sabe assim, ele não se contenta em ficar quietinho?

Com essa onda de música brega destinada aos caipiras de calças curtas e camisetas desdenhas de cores berrantes, com seus cartazes circuncizados e mentes poluentes, Luan Santana conseguiu espaço na mídia com uma musiquinha que passa longe de ser chamada de música: Meteoro passou tão rápido que já caiu e explodiu. Alguém aí se lembra de outro grande sucesso?

Quando o meteoro passou, Luan Santana estava gordo de dinheiro. Mas sua criatividade não era o suficiente para ser idiota musicalmente. Seu disco (sim, tive o desprazer de gastar minutos preciosos da minha vida ouvindo algo tão inútil) é fútil, intolerável e insensível, que chega a dar náuseas, febre, taquicardia de tão horrendo.

Joguei pela janela o disco. Mas repensei melhor. E o joguei no lixo mesmo. Mas enquanto Luan Santana existir, as histéricas também existirão, as mães dessas histéricas também existirão e os meninos ensandecidos com as calças agarradinhas também existirão. Para desgosto geral da nação, Luan Santana é um cantor medíocre, desses capazes de nos fazer rir de situações bizarras e contrárias as legislações de uma boa música. Infelizmente ele canta. Mas eu não o considero cantor. Aliás, cantor ele é, exerce na pior das hipóteses o ofício, mas sua natureza maior é ser frívolo, desengonçado e estéril mentalmente.

Luan deveria nunca ter saído do lugar de onde saiu: de um buraco indefeso chamado útero!

Marcelo Teixeira.