terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

2º Maior Cantora do Brasil: Clara Nunes


A serena Clara Nunes
Nenhuma cantora foi ou será igual à Clara Nunes. Genuinamente brasileira, a Guerreira mineira filha de Oxum com Yansã foi uma das mais brilhantes e espetaculares cantoras que o Brasil produziu e que na qual tantas imitam seus trejeitos, suas danças, sua louvação aos santos e orixás. Existe até uma senhora cantora, com o codinome Beth Carvalho, que até hoje tenta ser a Clara, mas sem nenhum sucesso. Clara foi humana, sensata, cantora, mulher. Para tanto, chegou brilhantemente ao segundo lugar com a dignidade de rainha e com patamar único para não deixar dúvidas quanto ao seu talento e prestigio. Clara Francisca Gonçalves Pinheiro, mais conhecida como Clara Nunes, nasceu em Paraopeba no dia 12 de agosto de 1942 e faleceu no Rio de Janeiro no dia 2 de abril de 1983, foi uma cantora brasileira, até hoje sendo considerada uma das maiores intérpretes do país.

Pesquisadora da música popular brasileira, de seus ritmos e de seu folclore, Clara também viajou várias vezes para a África, representando o Brasil. Conhecedora das danças e das tradições afro-brasileiras, ela se converteu à umbanda. Clara Nunes seria uma das cantoras que mais gravariam canções dos compositores da Portela, sua escola do coração. Também foi a primeira cantora brasileira a vender mais de 100 mil cópias, derrubando um tabu segundo o qual mulheres não vendiam discos.

Em 1970, Clara Nunes se apresentou em Luanda, capital angolana, em convite de Ivon Curi. No ano seguinte, a cantora gravou seu quarto LP, no qual interpretou É Baiana (Fabrício da Silva, Baianinho, Ênio Santos Ribeiro e Miguel Pancrácio), música que obteve considerável sucesso no carnaval de 1971, e Ilu Ayê, samba-enredo da Portela (de autoria de Norival Reis e Silvestre Davi da Silva). Na capa do álbum, a cantora mineira fez um permanente nos cabelos pintados de vermelho e passou a partir daí a se vestir com roupas que remetiam às religiões afro-brasileiras.

Em 1972, Clara se firmou como cantora de samba com o lançamento do álbum Clara Clarice Clara. Com arranjos e orquestrações do maestro Lindolfo Gaya e com músicos como o violonista Jorge da Portela e Carlinhos do Cavaco, o disco teve como grandes destaques as canções Seca do Nordeste (um samba-enredo da escola de samba Tupi de Brás de Pina), Morena do Mar (de Dorival Caymmi), Vendedor de Caranguejo (de Gordurinha), Tributo aos Orixás (de Mauro Duarte, Noca e Rubem Tavares) e a faixa-título Clara Clarice Clara (de Caetano Veloso e Capinam). Ainda naquele ano, Clara Nunes se apresentou no Festival de Música de Juiz de Fora e gravou um compacto simples da música Tristeza, Pé no Chão (de Armando Fernandes), que vendeu mais de 100 mil cópias.

A Odeon lançou em 1973 o disco Clara Nunes. Naquele mesmo ano, a cantora estreou com Vinicius de Moraes e Toquinho o antológico show O poeta, a moça e o violão no Teatro Castro Alves, em Salvador. Também em 1973, Clara foi convidada pela Radiotelevisão Portuguesa para fazer uma temporada em Lisboa. Depois, percorreu alguns outros países da Europa, como a Suécia, onde gravou um especial ao lado da Orquestra Sinfônica de Estocolmo para a TV local.

Seu instrumento era a voz, numa época em que cantoras praticamente não utilizavam de outros instrumentos ou mesmo faziam letras de músicas (embora há um registro da música A Flor da Pele, em que Clara assinala como compositora, e isso a faz ser ainda mais alçada ao segundo lugar).

Merecidamente, Clara Nunes aponta como a segunda maior cantora do Brasil.

 

2º Lugar: Clara Nunes

As 30 Maiores Cantoras do Brasil de Todos os Tempos

Marcelo Teixeira

2 comentários:

Anônimo disse...

PARABÉNS Á COLOCAÇÃO DE MINHA LINDA GUERREIRA DO BRASIL!

BJS

ANINHA VIEIRA/RS

Unknown disse...

Gosto muito de Clara..mas ela fica atrás de Bethania, Gal, Elis, Nara, Elizeth, Dalva e Rita Lee.