sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Quando o Malta vai acabar?


Malta: o inferno está neles
Depois de Sambô, que não tem luz própria e não significa absolutamente nada na música popular brasileira, outra banda medíocre surge através desses programas de quinta categoria para alçar ainda mais o nível despretensioso do mercado fonográfico e fazendo com que a massa encefálica das pessoas ocas fiquem cada vez mais cinzenta. Lançando Supernova (2014 / Som Livre / 24,99), o grupo Malta ganhou maior destaque depois de ser eleito como favoritos em um programa dominical, abocanhando o tão imaginado primeiro lugar.  Mas já adianto que o grupo, liderado por um roqueiro dos tempos modernos, não chegará muito longe. As músicas do Malta não empolgam conforme sua propaganda e a voz do líder é tão cansativa e emblemática, que nem um xarope expectorante serviria para afrouxar suas cordas vocais. Se o rock brasileiro for denominado nos tempos modernos pelo grupo Malta, então está tudo errado nas diretrizes da música: o grupo não alçará voos longos e não ultrapassará mais a marca registrada em números como no primeiro lançamento. Não há nada de original aqui: desde as letras melosas e sem combinação com a atmosfera do grupo, o vocalista tenta impor uma categoria extra para o seu desempenho como cantor romântico, deixando evidente que seu limite vocal não chega a altos graves. Até onde chegará o grupo Malta, então? Tudo o que é produzido às pressas e com o desdém habitual das grandes gravadoras, acaba sendo uma grande frustração futura e o que foi produzido para ser eterno acaba morrendo logo na primeira leva de novas vozes. O público de hoje está mais exigente e o grupo Malta terá que provar do próprio veneno para se manterem vivos e autênticos a cada investida na música. E a pergunta que me faço neste exato momento é: quando o Malta vai acabar?

 
Quando o Malta vai acabar?
Marcelo Teixeira

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