domingo, 23 de julho de 2017

O novo álbum de Johnny Hooker não merece ser ouvido

Johnny Hooker: lixo
Ainda não entendi o que cantor Johnny Hooker faz na MPB e o porquê o mesmo insiste em cantar. Entendo que a cultura brasileira é rica e entendo também que temos que respeitar a sonoridade alheia, mas chega a ser uma aberração completa tê-lo em palcos brasileiros, enquanto o verdadeiro artista encontra-se escondido nas entrelinhas do Brasil. Venhamos e convenhamos: Johnny Hooker não canta absolutamente nada, não tem carisma, não tem sofisticação artística, não tem gabarito profissional, não tem lisura musical, não tem personalidade, não tem nada que chame atenção a não ser a sua aberração a favor daquilo que seja esdrúxulo, cansativo e arrastado. Sem nenhuma personalidade que o prevaleça, o antearquétipo de cantor está lançando um disco infame e sem consenso para ter uma crítica à altura de algo que prevaleça em sua carreira. Depois do insensato Eu vou fazer uma macumba pra te amarrar (2015), o cantor acaba de lançar o sem graça Coração (2017), que não chega a ser um ótimo disco, mas é inferior ao primeiro, que já não tinha nem colocação entre uma infinita seleção dos melhores. Com uma mistura de sons refletidos em batuques desconexos, o álbum é uma configuração elitista de um artista que não se encontrou em território nacional, deixando a desejar em suas mensagens, suas transmissões e se preocupando mais com as causas de orientações sexuais do que propriamente com algo realmente benéfico à cultura brasileira. Seja como for, o disco, totalmente fora dos padrões e estéticas sociais culturais, é um dos piores discos do ano, sendo da pior espécie e se igualando ao primeiro trabalho do cantor. Se o beijo com Liniker para lançar a música Flutua já era uma aberração sem precedentes, com letra inspirada em uma aventura de amor e chegou há pouco mais de 1 milhão de visualizações, o disco Coração, com patrocínio do Natura Musical, mesmo com as 11 canções inéditas, não consegue ser uma alegoria de músicas sensatas e ditas cabíveis de serem a favor de uma crítica sensata. Eis aqui um disco horrível, com pegada incompreensível e difícil de ser digerida ou, como diria Sartre (1905 - 1980), degustiva. O ambicioso projeto de Hooker, que está disponível nas plataformas digitais a partir de hoje, não a pena ter o seu clique. Coração é o segundo disco da carreira do cantor e conta com a participação de Gaby Amarantos em Corpo Fechado e que tem músicas como Caetano Veloso e Escandalizar. Esse é o segundo disco de Hooker, mas bem que poderia ser o último!

Coração / Johnny Hooker
Nota 3
Por Marcelo Teixeira

 

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