quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Álibi (1978), de Maria Bethânia


Grande disco de Bethânia
Toda grande cantora merece um grande disco e com Maria Bethânia não poderia ser diferente. Primeiro disco de uma cantora brasileira a ultrapassar a marca de 1 milhão de exemplares vendidos, antes Clara Nunes chegou a atingir o número com dois discos, Álibi (1978 / RCA / 23,99) leva o nome de uma música composta por Djavan e incluída no repertório que fez menos sucesso que as outras interpretações da cantora, como O meu amor, de Chico Buarque, Ronda, de Paulo Vanzolini, Explode Coração, de Gonzaguinha, Negue, de Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos ou Sonho Meu, de dona Yvone Lara e Décio Carvalho, que tem parceria com a amiga Gal Costa. A selecção de músicas que garantiram o sucesso deste disco e a passagem definitiva de Bethânia como a maior estrela da música nacional veio com este álbum romântico, que tem a abertura de Diamante Verdadeiro, canção de Caetano Veloso, que mais tarde dara nome a outro disco da irmã e De todas as maneiras, do mestre Chico, e a canção que saúda o Rio de Janeiro, na bela A voz de uma pessoa vitoriosa (Caetano e Wally Salomão. O disco na verdade é uma pérola de achados musicais, contando ainda com a arrepiante Cálice, que tem veia política e crítica sobre a ditadura, composta por Gilberto Gil e Chico Buarque e Interior, da compositora Rosinha de Valença. Neste grande disco, o nome Maria Bethânia está impresso em branco, enquanto o vinil traz o encarte com o nome impresso em dourado vermelho. Vale a pena ter este disco em sua coletânea. Não por ser um disco que ultrapassou barreiras, nem por ser um disco repleto de compositores bons, mas por ser um disco histórico.

 

Álibi / Maria Bethânia
Nota 10
Marcelo Teixeira

 

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