quarta-feira, 13 de março de 2013

Antônio Nóbrega - de Pernambuco para o mundo



Antônio Nóbrega
Considerado um dos grandes artistas nordestinos, o pernambucano Antônio Nóbrega perambula pelos quatro cantos do mundo divulgando a cultura nordestina, a alegria do povo pernambucano e as sabedorias que somente ele, Antônio Nóbrega, conseguem fazer com tamanha criatividade. Sua carreira artística teve início na Orquestra de Câmara da Paraíba, onde atuou no final dos anos 1960. No mesmo período, atuou na Orquestra Sinfônica do Recife e deu concertos como solista em sua cidade natal. Por essa época, recebeu do escritor Ariano Suassuna o convite para tomar parte do Quinteto Armorial, como compositor e instrumentista. Com o Quinteto Armorial, atuou no Brasil e no exterior e gravou quatro discos. Nesse período, teve intenso contato com artistas populares do Nordeste, o que o levou a aprimorar seus conhecimentos sobre as formas de expressão da cultura popular, em especial a dança e a música.

Ganhador de diversos prêmios, Antônio produziu em 1997, o espetáculo Madeira que cupim não rói, que é o nome de uma consagrada marcha-rancho do compositor pernambucano Capiba. No espetáculo e nas músicas do CD, procurou fortalecer a herança musical ibero-mediterrânea e afro-indígena, com a utilização de instrumentos musicais brasileiros quase em desuso, como o urucungo, elo perdido entre o berimbau e a rebeca e o marimbau, uma espécie de berimbau de latas tocado com o auxílio de um pedaço de vidro e uma baqueta. É prestada uma homenagem ao esquecido compositor pernambucano de frevos e polcas Lourival Oliveira, o Louro amigo. São divididas com Wilson Freire, a autoria de 11 das 20 músicas do disco.

No mesmo ano, recebeu o Prêmio Multicultural Estadão como Criador Participante na Cultura Brasileira, o Prêmio Ministério da Cultura Cultura Popular, o Prêmio O Globo por Melhor Show do Ano e recebeu a indicação para o Prêmio Sharp como melhor show e melhor arranjador. Apresentou, ainda, Aula espetáculo/Sol a pino.

Em 1998, foi convidado, pelo Departamento Cultural do Itamarati e pela Comissão Nacional dos 500 anos do Brasil, a excursionar em Portugal e outros países com um espetáculo especialmente criado para os festejos luso-brasileiros, chegando a exibir-se na Expo de Lisboa com muito sucesso. Em 1999, lançou o espetáculo e o CD Pernambuco Falando Para o Mundo, que era o nome de um programa de rádio da cidade do Recife. Neste trabalho, apresenta uma viagem pela diversidade da música pernambucana, através de seus principais compositores, seja os clássicos, como Capiba, seja os desconhecidos, como Felinho e Luís de França. Em 2000, o ator-músico apresentou o show no Rio de Janeiro, com cenários e figurinos inspirados nas ruas do Recife e Olinda, assinados pelo artista plástico Dantas Suassuna, filho de Ariano Suassuna. Apresentou-se acompanhado por uma autêntica orquestra de frevo, a Banda Pernambuco, com 14 integrantes. Seu trabalho realiza um resgate das fontes brasileiras, uma viagem pelo folclore, especialmente o nordestino, revitalizando gêneros como frevo, coco, maracatu, caboclinho, ciranda, cavalo-marinho e as marchas de bloco. Em 2001 apresentou uma aula-show, no Teatro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, durante o VII Encontro Nacional de Pesquisadores da MPB. No mesmo ano, apresentou no Teatro Carlos Gomes no Rio de Janeiro o espetáculo O marco do meio-dia, apresentado também em São Paulo e Brasília.

Admirado e aplaudido por ilustres da música, do teatro e das artes em geral, Antônio Nóbrega é o grande homenageado de hoje no Mais Cultura! pela sua representatividade cultural e pessoal.

Salve, Antônio Nóbrega!

 

Antônio Nobrega – De Pernambuco para o Mundo

Por Marcelo Teixeira

Nenhum comentário: