Mundinho fútil |
Em
meios a tantas imbecilidades, criancices, macacadas, pessoas fúteis e chucras,
a qual sou obrigado a conviver, por vezes sou obrigado a escutar (e com certa
incoerência), que a música popular brasileira é um lixo, cantada por medalhões
de outras épocas e que lutam ferozmente para conseguirem se manter ainda no
chamado mundo da MPB. Cabeças assim só servem mesmo para pensar que o mundo um
dia vai se acabar ou que Chico Buarque é argentino e pessoas com este nicho
cultural sabem quem é a cantora top do momento de seu mundinho estereotipado
chamado mundo fútil, mas não sabem (ou nunca souberam) quem foi e o que representa
Antônio Carlos Jobim e de qual origem nasceu a Tropicália. Pessoas com
semblantes distorcidos e tez mal iluminadas por almas penadas e suburbanas que
mal sabem soletrar seus nomes ou concluir uma frase, apenas lutam para que suas
divas do momento fútil nunca sejam esquecidas ou meramente apagadas do mundinho
a qual pertencem. Chega a ser irrisório ver pessoas com suas roupas de grife
blazê, refrigeradas e com precinhos bacanas que cabem no orçamento, chafurdarem
em naufrágios quando o assunto é música de verdade.
De que adianta tanta pose
dessa gente mal informada culturalmente, se quando sentam para conversar
seriamente sobre algo realmente culto, não sabem responder?
Estive recentemente em uma
batalha, aonde eu era o criticado e o restante da plateia eram as vítimas.
Vítimas banais, vítimas fulas, vítimas da vitamina ácida a qual impera a lei do
mundinho fútil com suas bandinhas horrorosas e desengonçadas e errôneas e com
seus estilos cafonas e estranhos. Conversei com pessoas idiotas que não sabiam
o que era bossa nova ou quem foi Nara Leão. E o mais engraçado é que conversei
com pessoas adultas.
Ou seriam crianças imaturas?
Enquanto criticaram o novo
álbum de Caetano Veloso, enquanto defendem que a cantora banal e sem voz é a
melhor do Brasil, enquanto ouço Chico Buarque e enquanto você ouve suas músicas
banais em seu celular importado, eu cresço culturalmente, não passando vergonha
em mesas importantes com pessoas cultas e admiráveis, enquanto você, meu caro
camarada sem intelecto, viverá sempre a mercê das ondas de paisagens.
Mundinho fútil
Marcelo
Teixeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário