quarta-feira, 27 de março de 2013

A cultura chucra de pessoas fúteis


Mundinho fútil
Em meios a tantas imbecilidades, criancices, macacadas, pessoas fúteis e chucras, a qual sou obrigado a conviver, por vezes sou obrigado a escutar (e com certa incoerência), que a música popular brasileira é um lixo, cantada por medalhões de outras épocas e que lutam ferozmente para conseguirem se manter ainda no chamado mundo da MPB. Cabeças assim só servem mesmo para pensar que o mundo um dia vai se acabar ou que Chico Buarque é argentino e pessoas com este nicho cultural sabem quem é a cantora top do momento de seu mundinho estereotipado chamado mundo fútil, mas não sabem (ou nunca souberam) quem foi e o que representa Antônio Carlos Jobim e de qual origem nasceu a Tropicália. Pessoas com semblantes distorcidos e tez mal iluminadas por almas penadas e suburbanas que mal sabem soletrar seus nomes ou concluir uma frase, apenas lutam para que suas divas do momento fútil nunca sejam esquecidas ou meramente apagadas do mundinho a qual pertencem. Chega a ser irrisório ver pessoas com suas roupas de grife blazê, refrigeradas e com precinhos bacanas que cabem no orçamento, chafurdarem em naufrágios quando o assunto é música de verdade.

De que adianta tanta pose dessa gente mal informada culturalmente, se quando sentam para conversar seriamente sobre algo realmente culto, não sabem responder?

Estive recentemente em uma batalha, aonde eu era o criticado e o restante da plateia eram as vítimas. Vítimas banais, vítimas fulas, vítimas da vitamina ácida a qual impera a lei do mundinho fútil com suas bandinhas horrorosas e desengonçadas e errôneas e com seus estilos cafonas e estranhos. Conversei com pessoas idiotas que não sabiam o que era bossa nova ou quem foi Nara Leão. E o mais engraçado é que conversei com pessoas adultas.

Ou seriam crianças imaturas?

Enquanto criticaram o novo álbum de Caetano Veloso, enquanto defendem que a cantora banal e sem voz é a melhor do Brasil, enquanto ouço Chico Buarque e enquanto você ouve suas músicas banais em seu celular importado, eu cresço culturalmente, não passando vergonha em mesas importantes com pessoas cultas e admiráveis, enquanto você, meu caro camarada sem intelecto, viverá sempre a mercê das ondas de paisagens.

Mundinho fútil

Marcelo Teixeira

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