Cris: a imperatriz do samba |
Brasília, a capital federal do
Brasil, esconde muitos talentos brasileiros, assim como os revela num piscar de
olhos. Já faz um tempo que venho retratando algumas cantoras – boas e ótimas –
de Brasília, como Márcia Tauil, Nathália Lima, Emília Monteiro, Ellen Oléria,
Sandra Duailibe e sempre estive certo de que a música que vem dessa parte do
país é rica em detalhes, sopros e respirações. Algumas nem ali nasceram, mas
ajudam a prestigiar o talento do estado.
Quem pensa que Brasília é o fardo político e intelecto está muito
enganado de si, porque ali concentra-se a maior parte musical de todos os
tempos e o pólo cultural de uma esfinge preciosa, sentimental e rudimentar. O
nome que ajuda a embelezar Brasília e a completar um time de bravas guerreiras
da música nacional é Cris Pereira, que tem elegância e pluralidade na voz e no
repertório. Cris tem samba na ponta dos pés e um requebrado que só ela tem
direito a ter, além de uma voz doce e macia, que conquista a qualquer um já na
primeira música. E quem disse que Brasília não tem samba? Cris Pereira prova
que o samba ainda é um refugio bem garantido na música brasileira, desde que
feito com qualidade, respeito e determinação, como é o caso dela. Música de
pimeira grandeza e de uma fineza espetacular, Cris consegue atribuir a si uma
qualidade superior, rara nos dias de hoje, para a chamada damas do samba, que
já agraciou Clara Nunes, Alcione, Dona Ivone Lara. Recentemente, o cenário
sambístico está por conta de Fabiana Cozza, que traz na bagagem ótimos discos
sobre o gênero. Mas Cris Pereira é Cris Pereira: forte, bonita, autêntica,
simples, guerreira num país em que precisa ser guerreira para alcançar metas e
ultrapassar limites. E o limite de Cris foi ultrapassado. Talentosíssima, Cris
Pereira só veio a confirmar que seu tempo é hoje, seu samba é eterno e sua voz
e brilho nunca se apagarão. Viva Cris Pereira!!!
A fineza de Cris Pereira
Marcelo Teixeira
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