A cantora pop Wanessa |
A
cantora Wanessa (sem o sobrenome famoso) está começando a cair no meu conceito.
Sou uma pessoa exigente musicalmente falando e, em todos os aspectos, não gosto
de música teen, nem norte-americana, dando vazão e preferencia à música
inteiramente brasileira, ora com pitadas europeias ou de língua castelhana
(como faz Marina de La Riva) e quando há a junção das línguas estrangeiras,
como fazem as cantoras Bebel Gilberto, Thaís Gullín e Mallu Magalhães. Alguns
cantores de excelente gabarito, como Maria Gadú e Lenine, interagem em uma
canção ou outra em seus discos com outros idiomas, o que não fica chato, nem
muito menos caricato. Mas dedicar sua carreira inteiramente à um estilo que não
é o tradicional para poder cair definitivamente nas graças de uma galera nada
exigente, que quer apenas dançar, pular e se divertir, sem se interessar pela
mensagem da canção, é fazer rir da desgraça alheia e estar no patamar mais
elevado para enfim, poder dizer que se tornou uma cantora rica de fãs, rica de
personalidade, rica de atitudes e rica de muita burrice.
Assim a cantora Wanessa, que
já foi criticada aqui no Mais Cultura! como umas das piores
cantoras do Brasil, conseguiu cair no meu conceito: estive verificando sua nova
trajetória há quase três meses e confesso que me orgulho em ver que ela saiu da
barra da aba da cantora perdida Sandy, para viver o seu mundo, imitando, agora,
cantoras de um país que adora eleger as louras
ao topo das melhores do mundo, como Adele, Lady Gaga, Madona, Britney Spears.
Para tanto, Wanessa tingiu os cabelos de louro, imagino eu que para ser
confundida com uma delas futuramente. Sair da aba de Sandy para ser
praticamente igual às americanas, é sofrer para não padecer e isso está tirando
o meu sono, literalmente. Wanessa não precisava ir tão longe para se igualar às
cantoras de um país que por aqui fazem enorme sucesso. Bastava virar a esquina
que logo encontrava o seu caminho.
Mas Wanessa foi mais longe:
seu idioma agora passa do português ao inglês como num piscar de olhos e sua trupe
aumentou (ouvi dizer que já passam de trezentos mil dançarinos no palco para
fazerem a volta dela ao show bizz) e sua roupa, seus colares, seu cabelo também
mudaram. Se igualar a cantora Sandy não dera muitos frutos, se igualar às
americanas, dará? Retirar o famoso sobrenome e dançar ao estilo de Madona a
fará mais famosa internacionalmente, com toda a certeza cabível de sustentação
de artigos como este, mas dizer que Wanessa será uma das maiores cobiças de
cantoras nacionais que deram certo lá fora, isso será impossível. Nem Ivete
Sangalo conseguiu este feito.
Que saudades eu tenho de
Carmen Miranda, que colocou os EUA, o Brasil e Cuba em suas mãos! Mas deixo um
recado à Wanessa: não tente imitar as americanas. Tente imitar a si mesma,
assim, a esquina que você poderia entrar, estará totalmente iluminada. Ou não.
O
futuro de Wanessa
Marcelo
Teixeira
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