Simone Guimarães |
É
sempre uma grande satisfação conversar ou trocar algumas palavras com a
espetacular Simone Guimarães: além de grande cantora e compositora, com discos
bem caprichados, duetos com ícones da MPB, como Maria Bethânia e Milton
Nascimento, Simone é, também, uma intelectual que pensa e muito nos segmentos
do Brasil e na luta a favor da nossa cultura. Nascida em Santa Rosa de Viterbo,
interior de São Paulo, hoje a cantora faz parte da efervescência que Brasília
produz, estando ao lado de cantoras como Márcia Tauil, Sandra Duailibe, Roberto
Menescal, Miúcha e outros, levando muita música de qualidade para os quatro
cantos do país. Nesta primeira parte da entrevista, Simone Guimarães nos brinda
com sua inteligência e sapiência em ver as coisas mais simples se transformarem
em algo valioso. O Mais
Cultura! (ou o Espaço
Azul, como ela mesma apadrinhou o blog), tem o enorme prazer estar sendo
condecorado com suas ricas frases de efeito moral. Hoje publico a segunda parte
da entrevista que Simone Guimarães me concedeu com exclusividade.
MT - Existe a possibilidade
de vermos um show seu em São Paulo para este ano de 2013?
SG
- Sim. Vários convites já apontados. Minha nova produção caminha no sentido de
divulgar o novo trabalho que lançarei ainda este ano em todas as capitais, num
elogio rasgado a Bossa nova e aos anos 60. Será trabalhoso, mas valerá a pena.
O disco está sendo confeccionado com direção musical de Ocelo Mendonça, grande
artista cearense aqui de Brasília.
MT - Você participou do CD
Pietá, de Milton Nascimento, considerado por muitos uma obra-prima do cantor.
Milton é o seu padrinho musical. Já pensou em fazer um CD somente com músicas
dele?
SG
- Claro que sim, chegará o momento! Esse está na lista dos trabalhos mais
eminentes por conta do aniversário do Bituca e do movimento Clube da esquina.
MT - Você dedicou um disco
inteiramente ao cancioneiro do compositor Isaac Cândido, no disco Cândidos,
pelo selo Independente. De onde nasceu a ideia de fazer esse disco, resgatando
e o homenageando?
SG
- Eu tenho uma admiração imensa pelo Ceará contemporâneo. Existe muitos
artistas e poetas que criam coisas maravilhosas. Isaac é um aglutinador. Se
você observar, esse disco traz muitos letristas diferentes e são poetas
sublimes de lá. Além de ser o Isaac um ser humano admirável, já venho cantando
sua obra há algum tempo. Me chama atenção pelo sentimento desprovido de vaidade
na arte.
MT - É sempre difícil uma
cantora dizer qual a sua melhor criação, mas pra você, no seu mais intimo
pessoal, qual é o seu melhor CD?
SG
- Flor de Pão é um disco para mim
muito representativo como letrista . Tem nele uma música em parceria com
Antonio Carlos Bigonha que eu acho que é minha melhor letra: Confissão gravada por Nana Caymmi em seu
disco recente Sem poupar coração e Aguapé
como cantora, mas o que eu mais gosto é o que estou fazendo agora. rssss!
MT - Simone Guimarães por
Simone Guimarães é?
SG
- Meu Bisavô paterno nasceu em Veneza, já o materno em Reminni, os dois na
Itália. Tenho um avo português e uma avó afro-decendente da pela morena, sou
carioca, paulista e cearense, moro em Brasília e sou brasileira da Gema e as
claras, devota de Nossa Senhora de Nazaret. Adoro Belém do Pará e mais
recentemente estou apaixonada pelo Sudoeste do plano Piloto de Lúcio Costa e
Oscar Niemeyer.
MT – Obrigado, Simone, por
conceder esta entrevista.
SG
- Eu é que agradeço, Marcelo. Muito obrigada.
Entrevista com Simone Guimarães
Por Marcelo Teixeira
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