Wanda: expoente da Bossa Nova |
Uma das mais expoentes expressões da
Bossa Nova, a cantora Wanda Sá é referência de musicalidade reconhecida mais
no exterior do que no próprio país de origem e, para ela, o grande êxito do
gênero foi o fenômeno que o estilo bossa novista trouxe de renovação na década
de 1960 e que teve, de fato, um valor sistemático e assentido mais outros
países do que no Brasil. Apaixonada pela música e pelos amigos que fez ao longo
de sua carreira, a cantora norteou um novo trabalho, que passou praticamente despercebido
do grande público e por parte dos jornalistas e críticos de música. Cá entre nós (R$27,99 / 2016) é um disco
que nos remete ao ano de 1972, pois ele reverencia todo os momentos pelas quais
a cantora vivenciou e dos amigos que angariou, como Roberto
Menescal, Marcos Valle, Tom Jobim. Por falar em Tom, Wanda pincelou uma
preciosidade do cancioneiro do maestro com o poeta Vinicius
de Moraes e achou a deliciosa Cala,
meu amor, música desconhecida de ambos os músicos. A ideia era reunir
canções inéditas de parceiros como o amigo Roberto Menescal, João Donato, Carlinhos Lyra
e Nelson Motta, mas além de conseguir juntar
essa galera, Wanda trouxe para o celeiro convidados que até então não faziam
parte de seu rol musical, como o cantor e compositor Ivan
Lins, Chico Batera, Nelson Faria e Ricardo
Silveira. Trata-se de um disco refinado, culto, bossa novista e cheio de
saudade de um tempo que ficou apenas na lembrança.
Cá
entre nós (2016) / Wanda Sá
Nota
10
Por
Marcelo Teixeira
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