Obra-prima de um mestre |
Em
2006, Gilberto Gil nos presenteou com uma obra-prima digna de status de um
verdadeiro soberano da MPB: o disco Quanta, com participação especial de
Milton Nascimento e dedicação à Cássia Eller e Chico Sciencie. Para quem achava
que os grandes ícones do país estivessem perdidos em seus tempos ou meramente
apodrecendo em suas ideias, Gilberto Gil veio mostrar que sua intelectualidade
refinada e suas belas palavras de efeito moral, forçaram tino qualificativo
para um resultado espetacular, ganhando um Grammy e reverenciado no mundo todo.
Polêmico ao seu jeito, Quanta veio venerar a ciência, o
samba, os orixás e criticar severamente a imagem da igreja universal, cujo um
bispo qualquer chutou a imagem de Nossa Senhora Aparecida em rede nacional.
Do forró ao axé
verdadeiramente baiano, Quanta também homenageia Tom Jobim e
Noel Rosa. Cantando as alegrias e tristezas de Cartola, o disco é um punhado de
sensações adversas e que nos deixa a vontade a todo o momento. Com letras que
nos fazem pensar, Quanta é um dos melhores discos da carreira brilhante do
tropicalista Gilberto Gil num todo, pois parte da premissa de que o álbum
nasceu simples e tomou dimensões diversas.
Gilberto Gil conseguiu
exprimir ao máximo a sua acidez musical e destoou venenos para todos os lados.
Não há um destaque só, mas sim, todas as músicas ganham uma atenção especial. A
voz de Gil agrada, não cansa em momento algum e a expectativa da próxima canção
é vital. Hoje o Mais Cultura! trás um dos melhores e mais aplaudidos disco de
um dos cantores e compositores a qual temos que nos curvar e dizer amém.
Quanta
/ Gilberto Gil
Nota
10
Marcelo
Teixeira
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