Malta: o inferno está neles |
Depois de Sambô, que não tem luz
própria e não significa absolutamente nada na música popular brasileira, outra
banda medíocre surge através desses programas de quinta categoria para alçar
ainda mais o nível despretensioso do mercado fonográfico e fazendo com que a
massa encefálica das pessoas ocas fiquem cada vez mais cinzenta. Lançando Supernova (2014 / Som Livre / 24,99), o
grupo Malta ganhou maior destaque depois de ser eleito como favoritos em um
programa dominical, abocanhando o tão imaginado primeiro lugar. Mas já adianto que o grupo, liderado por um
roqueiro dos tempos modernos, não chegará muito longe. As músicas do Malta não
empolgam conforme sua propaganda e a voz do líder é tão cansativa e
emblemática, que nem um xarope expectorante serviria para afrouxar suas cordas
vocais. Se o rock brasileiro for denominado nos tempos modernos pelo grupo
Malta, então está tudo errado nas diretrizes da música: o grupo não alçará voos
longos e não ultrapassará mais a marca registrada em números como no primeiro lançamento.
Não há nada de original aqui: desde as letras melosas e sem combinação com a
atmosfera do grupo, o vocalista tenta impor uma categoria extra para o seu
desempenho como cantor romântico, deixando evidente que seu limite vocal não
chega a altos graves. Até onde chegará o grupo Malta, então? Tudo o que é
produzido às pressas e com o desdém habitual das grandes gravadoras, acaba
sendo uma grande frustração futura e o que foi produzido para ser eterno acaba
morrendo logo na primeira leva de novas vozes. O público de hoje está mais
exigente e o grupo Malta terá que provar do próprio veneno para se manterem
vivos e autênticos a cada investida na música. E a pergunta que me faço neste
exato momento é: quando o Malta vai acabar?
Quando o Malta
vai acabar?
Marcelo Teixeira
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