Rita: música e religião |
Depois de lançar o emblemático Tecnomacumba e se ver rodeada de
problemas religiosos por causa de sua música, a cantora maranhense Rita
Beneditto volta após oito anos deste lançamento para enfim colocar voz no
delicioso Encanto, que é uma sequencia do primeiro. Lançado pela Manaxica
Produções em parceira com a Biscoito Fino, o novo disco comemora os vinte e
cinco anos de carreira de Rita. Encanto (2014 /
24,99 / Manaxica – Biscoito Fino) é o primeiro disco de Rita após a
mudança de nome de Ribeiro para Beneditto. A regravação em tom roqueiro de sucesso
de Roberto Carlos impulsiona o disco, onde Rita apresenta músicas inéditas
entre ousadas releituras de canções de compositores como Djavan, Gilberto Gil e
Jorge Ben Jor. Em uma viagem às fronteiras do Brasil, Rita canta Babalu, um dos grandes sucessos da
compositora cubana Margarita Lecuona, imortalizada na voz de Ângela Maria. Na
matriz africana descende De Mina,
música de Josias Sobrinho gravada com a guitarra de Roberto Frejat. E, como a
fé a música nunca tiveram fronteiras, Encanto aporta ao fim do terreiro do
samba com O que e dela é meu, samba
bamba carioca de Arlindo Cruz feito especialmente para Rita. É o fecho
simbólico de Encanto, disco que não
deixa dúvidas de que, em qualquer terreiro ou lugar, a religião de Rita
Beneditto é a música.
Encanto / Rita
Beneditto
Nota 10
Marcelo Teixeira
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