Johnny Hooker: lixo |
Ainda não entendi o que cantor Johnny
Hooker faz na MPB e o porquê o
mesmo insiste em cantar. Entendo que a cultura brasileira é rica e entendo
também que temos que respeitar a sonoridade alheia, mas chega a ser uma
aberração completa tê-lo em palcos brasileiros, enquanto o verdadeiro artista
encontra-se escondido nas entrelinhas do Brasil. Venhamos e convenhamos: Johnny
Hooker não canta absolutamente nada, não tem carisma, não tem sofisticação artística,
não tem gabarito profissional, não tem lisura musical, não tem personalidade,
não tem nada que chame atenção a não ser a sua aberração a favor daquilo que
seja esdrúxulo, cansativo e arrastado. Sem nenhuma personalidade que o
prevaleça, o antearquétipo de cantor está lançando um disco infame e sem
consenso para ter uma crítica à altura de algo que prevaleça em sua carreira.
Depois do insensato Eu vou fazer uma
macumba pra te amarrar (2015), o cantor acaba de lançar o sem graça Coração (2017), que não chega a ser um
ótimo disco, mas é inferior ao primeiro, que já não tinha nem colocação entre
uma infinita seleção dos melhores. Com uma mistura de sons refletidos em
batuques desconexos, o álbum é uma configuração elitista de um artista que não se
encontrou em território nacional, deixando a desejar em suas mensagens, suas
transmissões e se preocupando mais com as causas de orientações sexuais do que
propriamente com algo realmente benéfico à cultura brasileira. Seja como for, o
disco, totalmente fora dos padrões e estéticas sociais culturais, é um dos
piores discos do ano, sendo da pior espécie e se igualando ao primeiro trabalho
do cantor. Se o beijo com Liniker para lançar a
música Flutua já era uma aberração
sem precedentes, com letra inspirada em uma aventura de amor e chegou há pouco
mais de 1 milhão de visualizações, o disco Coração,
com patrocínio do Natura Musical, mesmo com as 11 canções inéditas, não consegue
ser uma alegoria de músicas sensatas e ditas cabíveis de serem a favor de uma
crítica sensata. Eis aqui um disco horrível, com pegada incompreensível e difícil
de ser digerida ou, como diria Sartre (1905 - 1980),
degustiva. O ambicioso projeto de Hooker, que está disponível nas plataformas
digitais a partir de hoje, não a pena ter o seu clique. Coração
é o segundo disco da carreira do cantor e conta com a participação de Gaby Amarantos em Corpo
Fechado e que tem músicas como Caetano
Veloso e Escandalizar. Esse é o
segundo disco de Hooker, mas bem que poderia ser o último!
Coração
/ Johnny Hooker
Nota
3
Por
Marcelo Teixeira
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