Grande disco de Bethânia |
Toda grande cantora merece um grande
disco e com Maria Bethânia não poderia ser diferente. Primeiro disco de uma
cantora brasileira a ultrapassar a marca de 1 milhão de exemplares vendidos,
antes Clara Nunes chegou a atingir o número com dois discos, Álibi (1978 / RCA / 23,99) leva o nome de uma música
composta por Djavan e incluída no repertório que fez menos sucesso que as
outras interpretações da cantora, como O
meu amor, de Chico Buarque, Ronda,
de Paulo Vanzolini, Explode Coração,
de Gonzaguinha, Negue, de Adelino
Moreira e Enzo de Almeida Passos ou Sonho
Meu, de dona Yvone Lara e Décio Carvalho, que tem parceria com a amiga Gal
Costa. A selecção de músicas que garantiram o sucesso deste disco e a passagem
definitiva de Bethânia como a maior estrela da música nacional veio com este
álbum romântico, que tem a abertura de Diamante
Verdadeiro, canção de Caetano Veloso, que mais tarde dara nome a outro
disco da irmã e De todas as maneiras, do mestre Chico, e a canção que saúda o
Rio de Janeiro, na bela A voz de uma
pessoa vitoriosa (Caetano e Wally Salomão. O disco na verdade é uma pérola
de achados musicais, contando ainda com a arrepiante Cálice, que tem veia política e crítica sobre a ditadura, composta
por Gilberto Gil e Chico Buarque e Interior,
da compositora Rosinha de Valença. Neste grande disco, o nome Maria Bethânia
está impresso em branco, enquanto o vinil traz o encarte com o nome impresso em
dourado vermelho. Vale a pena ter este disco em sua coletânea. Não por ser um
disco que ultrapassou barreiras, nem por ser um disco repleto de compositores
bons, mas por ser um disco histórico.
Álibi / Maria
Bethânia
Nota 10
Marcelo Teixeira
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