Quando a dupla de caipiras anunciaram que estavam se desfazendo, muita gente acreditou. Durante uma semana inteira foi o comentário mais aplaudido por intelectuais e defensores da boa música e foi uma festividade de choros e consolos por parte de fãs histéricas e desoladas. Os dois filhos de Francisco foram em todos os programas existentes e de máxima audiência se defenderem após o "ocorrido". Jô Soares foi o primeiro a entrevistar os irmãos Zezé de Camargo e Luciano em dois blocos cansativos de muita música brega e desnecessária. Em seguida foi a vez de Serginho Grossman e seu Alta Horas, programa tardio que prima muitas vezes pela qualidade, foi um dos programas que deram vazão à criativa marca da falsidade imposta por essa dupla.
Que a carreira de Zezé de Camargo e Luciano não anda bem das pernas, isso é um fato comprovado há alguns anos: seus discos não vendem milhões, suas músicas não são mais batizadas como sucessos e seu público não renova. Agora são as senhorinhas quem mais incentivam a dupla.
Mas chega a ser ridículo a atemporalidade imposta pela mídia para alavancar a carreira da dupla. Depois de tanta participação em programas de TV aberta e com toda a repercussão inútil aos cantores, a Rede Globo abriu uma rara exceção no programa Som Brasil (programa este que privilegia a verdadeira música popular brasileira), para mostrar a carreira de Zezé de Camargo e Luciano.
Que saudades de Mazzaroppi!
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