As loucuras de Maria Alcina |
Assim que foi revelada no Festival Internacional
da Canção com a emblemática Fio Maravilha,
em 1972, a cantora Maria Alcina foi contratada para gravar seu primeiro disco e
uma das músicas escolhidas foi Mamãe Coragem,
de Caetano Veloso e Torquato Neto. Desde então o compositor baiano passou a
fazer parte do repertório da cantora, que lançou no ano passado o sensacional Espírito de Tudo (2017 / 28,00), mais um
trabalho ousado na sua discografia. Todas as décadas de Caetano estão presentes
nas dez músicas que integram o disco, desde os anos 1960 (Tropicália e A Voz do Morto)
aos anos 2000 (Rocks e A Cor Amarela) passando pelos anos 1970
(Os Mais Doces Bárbaros e Gênesis), chegando a nostalgia do melhor
de Caetano, como Língua e O Estrangeiro, até a espetacular Fora da Ordem, da década de 1990. O
convite para fazer esse disco surgiu a partir de conversas noturnas do produtor
Thiago Marques Luiz com Alcina e, por meio de suntuosas alegrias e felicitações,
ela abraçou a ideia e se jogou num processo de criação coletiva com os três jovens
multi-instrumentistas que elaboraram os arranjos do álbum misturando rock, pop
e música eletrônica: Rovilson Pascoal nas guitarras, Ricardo Prado nos teclados
e baixo e Arthur Kunz nas baterias e programações. Os três pertencem ao grupo
Strobo e fizeram um disco mais que sensacional ao lado de Maria Alcina
reverenciando todo o currículo de Caetano Veloso.
Espírito
de Tudo (2017) / Maria Alcina
Nota
10
Por
Marcelo Teixeira
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