Virginia Rosa: excelente voz |
Às
vezes nos apaixonamos pela voz de uma cantora tão logo ela soa pela primeira
vez nos nossos ouvidos ou às vezes nos deparamos extasiados com a voz se
movimentando num corpo no palco com delicadeza intensa, carisma. Foi com A Voz
do Coração, um disco praticamente ao vivo, que Virginia alcançou
projeção nacional, rapidamente caindo na boca do povo ansiado por uma boa
cantora. Sempre acompanhada pelas cordas de Dino Barioni, seu parceiro na
produção de alguns de seus álbuns, Virgínia canta impecável Beleza Brutal, de Celso Fonseca e
Fernando Bastos (autores também da canção do título, a belíssima A Voz
do Coração), ensina a cantar samba, relembrando Elizeth nas regravações
de Folhas no Ar e Pressentimento, ambas de Elton Medeiros
e Hermínio Bello de Carvalho, e com o delicado samba de Chico César, Samba da Pessoa Que Quer Ser Feliz.
Embala em baladas com Até a Lua (Ana Maria Pires de Carvalho)
e Quase um Segundo (Herbert Vianna),
empresta um contagiante arranjo jazzístico em Qui Nem Jiló, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, tira a
respiração da gente com sua interpretação de Mãe Preta, de Piratini e Caco Velho (o mundo precisa ouvir
isso!!!), leva-nos em voo até nossa infância cantando a folclórica São João Da-Ra-Rão, de domínio público,
puxando depois os nossos ouvidos para o rock/baião/balada A Balada do Cachorro Louco (Lenine, Lula Queiroga e Chico Neves),
um preciso arranjo de voz em Pra Que,
de Luiz Melodia e Ricardo Augusto, novo impacto com Pessoa Nefasta de Gil e fechando o CD com Vão, do grande Dante
Ozzetti, defendida por ela no Festival da Música Brasileira da Rede Globo em
2000. Acaba o CD e a gente querendo mais.
A
Voz do Coração / Virginia Rosa
Nota
10
Marcelo
Teixeira
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